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Ministro diz que Enel ainda não pagou multas e pode, sim, perder sua concessão

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que determinou hoje a abertura de um processo disciplinar contra a distribuidora de energia elétrica Enel, após repetidas interrupções no serviço na cidade de São Paulo.

“Estamos tomando uma medida extremamente rigorosa e singular, é a primeira vez que o ministério, como formulador de políticas públicas do sistema elétrico brasileiro, toma uma medida com esse nível de rigor”, afirmou ele em entrevista à GloboNews.

A empresa soma cerca de R$ 300 milhões em penalidades, estimou, e parte do valor seria usado para ressarcir o consumidor prejudicado com os apagões.

“A Enel demonstra de forma reiterada que é uma empresa que está despreparada para prestar um serviço à altura do que a população brasileira exige”, afirmou o Ministro.

No fim de 2023, 2,1 milhões de endereços ficaram sem energia na capital paulista após fortes chuvas. O restabelecimento total dos serviços chegou a levar uma semana para alguns consumidores.

Em março deste ano, moradores do centro paulistano ficaram até nove dias sem energia elétrica, e atendimentos na Santa Casa de Misericórdia, que fica no bairro da Santa Cecília, tiveram de ser reprogramados.

O contrato da Enel está previsto para terminar em 2028. Uma CPI na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) no ano passado recomendou o indiciamento de executivos da empresa e o fim da concessão.

Fonte: UOL (com GloboNews) / Foto: Divulgação

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